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Esquecidos pela Pátria -(Vergonha Nacional)

Aqui não falo das vitrinas e belezas paisagisticas de Portugal, ou dos resultados dos clubes de futebol, este espaço foi destinado a falar de assuntos dos ex. Combatentes e é isso que estou empenhado a continuar a fazer.

A mim não me interessa qual a cor, ou de onde é, ou onde lutou, mas em poucas palavras quero dizer que me arrepio de ver isto, se para mim é confuso aceitar a situação dos ex. Combatentes portugueses continentais, imagino a situação destes homens, e é meu dever e dever de todo o bom português dar a conhecer ao mundo, mas mesmo ao mundo inteiro, dar a conhecer a qualidade dos sucessivos governos que tivemos ao longo de todos estes anos em Portugal, poderia até tentar esconder por vergonha, mas, cobarde eu nunca fui, não sou, nem nunca serei, eu quero dar a conhecer ao mundo o mais que posso, infelizmente não tenho essa capacidade, mas uma coisa eu farei, tentarei de todas as formas que me forem possiveis e mostrar esta vergonha Nacional !!!!

Do ex. Combatente Albino Lima

29-04-2012. 20:39 - Pena (Ex-Alferes Miliciano

A mim não me surpreendem estas situações. Quando nós os Europeus ex-combatentes, desde oficiais milicianos a soldados, somos tratados com desprezo e desdém e o Estado nunca se preocupou connosco, continuando a ser carne para canhão... então os africanos que combateram juntamente connosco ainda pior são tratados. Triste e ingrato país que não reconhece o sacrifício, as mazelas físicas e psicológicas dos seus ex-combatentes. O agradecimento, no meu caso de ex-oficial do exército português, são 75 euros por ano acrescentados à minha pensão de aposentação... Honra e glória são valores que para nós só existiram enquanto combatíamos.

Pena.

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As vidas de Duarte Fortunato, António Teixeira, Manuel Vidal e António Baptista cruzaram-se na prisão da Guiné Conacri, quando decorria a guerra colonial.

O 1º cabo Duarte Dias Fortunato foi capturado pelas tropas do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde no dia 22 de Fevereiro de 1971. Foi durante a operação "Mabecos" que caiu nas mãos no inimigo. Nos primeiros 6 meses de cativeiro, era interrogado dia sim, dia não e castigado sempre que não colaborava. Esteve preso durante 3 anos e 8 meses.

António Teixeira, condutor do exército, estava sozinho junto da viatura quando quatro homens do P.A.I.G.C. o cercaram. Sem escolha, seguiu com os guerrilheiros pelo mato e temeu perder a vida logo ali. Chegou à prisão de Conacri 2 dias depois.

Manuel Vidal estava prestes a entrar ao serviço, no posto de vigilância, quando foi surpreendido pelos homens do P.A.I.G.C. Quando chegou à prisão de Conacri ficou isolado num quarto.Durante meses sobreviveu a arroz e água.

António Baptista chegou à Guiné na véspera de Natal de 1971. Foi colocado no quartel de Saltinho, onde esteve apenas 4 meses até ser apanhado pelo inimigo numa emboscada. Depois do seu desaparecimento, foi dado como morto pelo exército português. Na pequena freguesia de Crestins, em Moreira da Maia, foi feito um funeral em nome da sua alma. Mas António regressou.Durante 29 meses, esteve junto com os outros militares, na prisão da Guiné Conacri.

Perdidos no tempo, os prisioneiros enfrentaram um cativeiro sem saber se alguma vez voltariam à vida que deixaram em Portugal. Debateram-se com a incerteza, o vazio, a solidão. A revolução de Abril trouxe-lhes a liberdade. As marcas ficaram para sempre.

Sobreviventes, segunda-feira no Jornal da Noite da SIC

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Será que estes homens tem recebido alguma rempensa ou apoio psicológico por isto?
Fico com o direito de duvidar, provavelmente foram mais uns premiados pelo Coelhinhodente de sabre e sua turma com os ovinhos de pascoa, e virão as sua reformas reduzidas, por mais uma causa de salvação nacional, como alguns que eu conheço, !

Mas enfim, pelo menos ao ver isto é uma lição para mim, não ter muitas razões para me queixar....

De albino Lima


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