Quicabo Julho de 1974

E Antes de regressar-mos a Luanda ainda estivemos aqui em Quicabo 15 dias a fazer escoltas entre o Caxito e Quicabo.

Aquartelamento de Quicabo!

Obs. Estas imagens extraí da net. mas não sei a origem, desde já peço desculpa aos autores!

Vila de Cachito em 1974

Despedida de Zala

1ª Cart. Do Bart 6323 em Zala.

Foi no dia 8 de Julho de 1974, que súbita e inesperadamente recebemos ordenas para

arrumar as malas de viagem porque o tempo de férias em Zala havia aspirado, e foi no dia 9 pela manhã que zarpamos em busca de outra pousada, nunca antes uma outra companhia ficara tão pouco tempo.em Zala

De 28 de Maio a 09 de Julho de 1974 = 42 dias.

Foi exatamente o tempo que a 1ª CArt ficou sob o comando do BArt 6323 em Angola,

O destino "Quicabo"


Ex Capitães em Zala

Foto enviada pelo ex. Alferes Manuel Ramos

Ex. Captitão da 3ª Cart. Mário Garcia e o ex.Capaitão da 1ª Cart. Saudoso Ramiro Pinheiro!!!

O Frio da solidão

Também este poema comecei a escreve-lo em junho de 1974, também em Zala !! 


 

O frio da solidão

 

Há quem diga que a solidão torna a vida num inferno,

E aqui estou com a mesma sensação,

Que já mais imaginei e que quase me congela,

O divorcio de euforia é a minha condição.


Até a manta que me entregaram,

Tenho dúvidas para qual a intenção,

Se é para resguardar a temperatura, 

Ou para camuflar a frio da minha solidão.


Neste cenário de grande verdejar,

Só as borboletas se alegam a mim,

Exibem a liberdade no seu voar,

Parecem quererem me encorajar,

 A fazer-lhes companhia até fim.


Ao sentir-me sujeito e definhado,

 É assim que sinto a minha solidão,

Esta penitência que sofro calado,

E o amor que eu brado em vão.


De Ex - Soldado Clarim: Albino Lima


Paludismo, Provavelmente foi por aqui que fui picado.

Para a história fica também aqui registrado.
Um dos grandes inimigos que nós tínhamos também na zona de Zala era o paludismo e desse inimigo eu não escapei, passei um mau bocado, é uma sensação terrível.

È este mosquito que até é bonitinho mas que causa o paludismo!!

O que é o »» paludismo?    a resposta » Paludismo




Mário Deitado em cuidados de pedicura

Foto enviada por Mário Deitado
O ex 1º Cabo enfermeiro Julio Felix e ex Soldado rádiotelegrafista Mário Deitado,
Depois de alguns dias carregando um Racal TR 28, 

Julgo eu que, com cerca de 7 quilos, justificava-se um tratamente de especialidade!!

Pesquisei o peso do aparelho, falam em 12 quilos, mas nada de exacto!!

O meu poema


Lembro tão bem como se fosse hoje, comecei a escrever este texto no dia em que fiz 22 anos, 1 de Junho de 1974. Havia apenas 8 dias que estava-mos aqui em Zala,

Ficamos lá não chegou a dois meses, mas nesta altura ninguém sabia o tempo que iria-mos ficar, os militares que viemos render, ficaram aqui 1 Ano


O meu poema 

É um tempo infinito a meditar,

È o Inferno da saudade que começou,

É o meu pensamento a 

 rejeitara tempestade que em mim desabou.


O meu poema 

É lembrar as tardes de domingo,

É o matutar a silhueta da namorada,

É lembrar que há tão pouco tempo atrás,

Era um humilde e simples rapaz,

Que já teve tudo e agora não tem nada.


O meu poema 

É uma melodia de música inaudível 

È tentar avistar o que não consigo ver,

É um texto de caligrafia ilegível 

É gatafunhar o que não consigo escrever.


O meu poema

É uma ópera no meu pensamento.

É uma rima que não consigo rimar,

É uma história em meu detrimento,

É esta prosa que não consigo declamar,!


O meu poema

 É a noite escura aqui no mato,

È a estrela que a nuvem escondeu,

É querer fazer real o abstrato,

É crer que este poema não seja meu. 


 

Do Ex - Soldado: Albino Lima 


Zala, grupo de combate do Ex. Alferes Ramos em campanha

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Foto enviada pelo ex. Alferes Ramos

A enumerar da esquerda para a direita , forrieis Z .Martins ( já falecido) Amadeu Amorim Pereira , Pedrosa (já falecido) Alf. Ramos, furriéis Gurgulho , Pedro Pinto e por fim em baixo o Sequeira 

Um acidente com um soldado de origem angolano

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Foto enviada pelo ex. Alferes Ramos

Ainda Zala. em Junho de 1974

Um acidente com um soldado de origem angolana, pertencente ao 2º pelotão que ao saltar dum unimog já dentro de zala, provocou fractura exposta como é bem evidente na imagem..

O inferno das minas

Julgo que este vídeo foi feito por alguém que fez o serviço militar em Moçambique, de qualquer das formas o género de guerrilha era o mesmo, foi sistematizado em todas as colónias da mesma forma, emboscadas e minas anti-carro e anti-pessoal.

De Albino Lima

Obs: As páginas Webenode não contêm link de comentários, para comentarentra no Livro de Visitas.

ZALA - 21 de Junho de 1974

Ex-Alferes Pena escreveu:

Quando cheguei a Angola ainda só tinha 21 anos.

Foi nesta data (21 de Junho de 1974) que comemorei (e que comemoração!) as minhas 22 Primaveras.

Eram umas 7 horas da manhã e ainda estávamos todos a dormir. Bate à porta do quarto o falecido Capitão Ramiro Pinheiro a gritar:

- Levantem-se rapidamente e preparem-se, porque temos que sair imediatamente. Rebentou uma mina numa viatura da 3ª. Companhia.

Foi como se nos tivessem dado um choque eléctrico. Em menos de 5 minutos estava a Companhia a sair de Zala em direcção a Nabuangongo. Passados uns 5 kilómetros e antes do cruzamento para a Maria Teresa encontramos dois grupos de combate da 3ª Companhia e uma Berliet como a foto documenta.

Aparece-me a correr o Ex-Alferes Magalhães, que tinha sido incorporado em Angola e tirado o curso em Nova Lisboa,e estava agregado à 3ª. Companhia, a perguntar se não tínhamos nenhum morteiro. Claro que tínhamos, porque nós quando saíamos para qualquer coluna levávamos o armamento todo. Nisso na 1ª. Companhia não se facilitava em circunstância alguma.

Diz-me ele:

- Ó pá, temos que bater a zona por onde eles (os turras) devem ter fugido.

E eu perguntei-lhe:

- Para onde foi?

- Foi para ali. - Diz-me ele.

- Então vamos a isso. - Retorqui-lhe eu.

Peço ao 1º. Cabo Silva (apontador de morteiro) o morteirete 60 que ele trazia (aquele que tinha uma bandoleira graduada) e faço eu de apontador e o Ex-Alferes Magalhães de municiador. Isto porque o pessoal ainda não tinha grande experiência e eu, no meu curso de oficiais ,«brincava» com o morteiro e ao terceiro disparo estava em cima do alvo. O segredo residia no cálculo a olho nú da distância onde queríamos que a granada caísse e, como tal, na inclinação que tínhamos que dar ao morteiro, que no caso era fácil, porque a bandoleira tinha uma escala com as distâncias marcadas.

Hoje, quando recordo isto, lembro-me da insconsciência de tal acto: dois oficiais na picada descoberta, alvos fáceis, sujeitos a serem os dois atingidos. Mas nada aconteceu. Mandámos umas cinco ou seis granadas para a zona que ele me tinha indicado e não houve qualquer resposta por parte do IN.

Mas afinal o que é que tinha acontecido? Havia dois grupos de combate da 3ª. Companhia que iam para recolher outros dois que tinham acabado uma operação na mata na Maria Teresa. Na viatura que seguia à frente com os sacos de areia (o rebenta minas) seguia o Ex-Alferes Lopes (do meu curso de oficiais). O pessoal ia decontraído, porque nada fazia prevêr uma situação daquelas. Mas o facto é que os «nossos amigos turras» haviam colocado um mina (ainda que de fraca potência para o que era habitual) e rebentaram com a frente da Berliet (como a foto mostra) e o pobre do Lopes caiu de cú na picada. Ficou dorido e com umas nódoas negra,s mas não teve nenhuma fractura.

Depois em jeito de brincadeira eu até lhe dizia:

- Então, ó Lopes, esqueceste-te de abrir o pára-quedas?

Chegámos à conclusão que o que tinha acontecido à 3ª. Companhia tinha sido um acidente de percurso, porque a mina era para o MVL que vinha nesse dia para Zala.

Mas voltando à odisseia do dia 21 de Junho de 1974. Depois das morteiradas, diz-me o falecido Capitão Ramiro Pinheiro:

- Ó Pena, assuma o comando dos dois grupos de combate(o 3º. - o meu e o 4º. - o do falecido Alferes Santos)e vá ao encontro do MVL e escolte-o até ao quartel.

Isto, porque o MVL (coluna de reabastecimento), tendo sabido do sucedido via rádio, estava parado na Madureira à espera de quem os fosse escoltar.

Entretanto os dois grupos de combate (o do Ex-Alferes Passeira e do Ex-Alferes Ramos) regressaram a Zala escoltando os dois grupos da 3ª companhia e rebocando a Berliet que tinha sido minada.

E nós, seguindo as normas que tínhamos aprendido, começámos a andar a pé ao lado das viaturas. Eu ia à frente a ver se via algum vestígio de terra mexida na picada - sinal de mina colocada recentemente.

Andámos assim para aí uns dois a três quilómetros. Como não se vissem vestígios de nada, a não ser umas pacaças ao longe, decidi mandar subir o pessoal para as viatura se fosse o que Deus quizesse. Na primeira viatura ia eu e também não levava pára-quedas.

Fomos ao encontro do MVL e escoltámo-lo. Quando já estávamos a uns dois quilómetros do quartel recebemos uma comunicação via rádio para largarmos o MVL que já estava póximo de Zala e irmos à Maria Teresa recolher os dois grupos de combate da 3ª. Companhia e que ainda lá estavam. Isto eram umas 3 da tarde e todos nós com os estômago a dar horas.

Mas as ordens eram para se cumprir e lá fomos nós recolher os pobres que estavam desde manhã à espera de serem recolhidos. Lembro-me que um dos grupos de combate era comandado pelo Ex-Alferes de Operações Especiais Pereira que tinha sido meu colega na recruta.

Recolhemos os grupos e chegamos ao quartel a Zala à 4 horas da tarde, fanmintos, cheios de pó até às entranhas e completamente estoirados.

Depois de uma chuveirada rápida, com a água aquecida em bidons de 200 liros colocados em cima da laje da casa de banho, dirijo-me à messe de oficiais para «almoçar» às 4 e tal da tarde. E qual não é o meu espanto: não havia nada feito para comer!!!! Desatei a gritar se não tinha havido um f... da p.. que se tivesse lembrado de avisar que ainda havia gente na rua e que precisava de comer. E logo no dia em que completava 22 anos. Quem é que aparece ao ouvir os meus berros? O Comandante do Batalhão, o Tenente-Coronel Machado da Silva.

- Então, ó Pena, o que é que se passa? - pergunta-me ele.

- Ó meu Comandante, o que se passa é que acabo de chegar da picada, farto de pó e cheio de fome e logo hoje no dia em que faço anos e não houve ninguém que se lembrasse de me mandar guardar o almoço e o cozinheiro diz que já não há nada para se comer.

Vira-se para o cozinheiro e diz-lhe:

- Ó nosso pronto, faz favor de arranjar imediatamente alguma coisa que se coma aqui para o Alferes Pena.

Na altura eu trazia o cabelo um bocado comprido para o que era normal e segundo as regras aconselhavam.

Como fumava e não tinha lume, e como o Comandante Machado da Silva era um fumador tão inveterado ou mais do que eu na época, peço-lhe:

- Ó meu Comandante, não se importa, se faz favor dá-me lume?

Ele olha-me de alto a baixo e responde-me:

- Ouça lá, você não sabe ir ao barbeiro pedir lume?

Eu ri-me e respondi-lhe:

- Obrigado, meu Comandante, pelo recado para eu cortar o cabelo.

Deu-me lume, eu lá almocei (já não me lembro o quê) e depois foi comemorar o dia de anos que culminou com um banho de chuveiro, completamente vestido, às 4 da manhã.

Mas a história ainda não acaba aqui.

No dia seguinte eu estava de oficial de dia.

Logo depois do render da parada dirijo-me ao Comandante do Batalhão para me apresentar.

- Dá-me licença, meu Comandante? Apresenta-se o oficial de dia.

Ela olha para mim e diz-me:

- Só aceito a apresentação quando o oficial de dia tiver o cabelo cortado.

- Muito bem, meu Comandante.

E destrocei.

Passou a manhã, a hora do almoço e lá para as 4 da tarde é que resolvi sentar-me na cadeira do barbeiro para mandar cortar o cabelo. Cabelo cortado e de seguida vou à procura do Comandante para me apresentar.

Encontro-o e dirijo-me a ele:

- Dá-me licença meu Comandante? Apresenta-se o oficial de dia com o cabelo cortado.

Ele olha para mim e com um ar de malandro e a sorrir diz-me:

- Apresentação aceite.

E foi assim que eu comemorei os meus 22 anos já em Angola.

Pena

Zala, muitas histórias contadas e vividas

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Benjamim 

Ex-Alferes Pena escreveu:

Este era o pequeno Benjamim em Zala em Junho de 1974.

Benjamim era uma criança que nós encontrámos em Zala órfão de pai e mãe. Era a nossa «mascote» e o Ex-Alferes Sousa (Sapador) da CCS afeiçou-se de tal modo a esta criança que o acompanhou para todo lado onde o Batalhão 6323 esteve em Angola e trouxe-o consigo para Portugal, criando-o, educando-o e fazendo dele um homem.

Benjamim era uma criança dócil, afável e querida de todos nós. Adorava jogar à bola. Era um amor de criança.

Onde quer que ele esteja e ao Ex-Alferes Sousa um abraço para os dois.

Pena

Junho de 1974, Ex Alferes Ramos Com o pequeno Benjamim 

Ex. Soldado, Rui Alfredo da Costa Pereira Pereira em Zala

Zala, muitas histórias contadas e vividas

Em cima foto enviada pelo ex alferes Ramos
A bonita imagem de baixo, extraí do arquivo da CCS do B, Caçadores 3869, que esteve aqui um ano antes de nós.
A imagem mostra todo o aquartelamento, em volta passaria a ser mata serrada
E a civilização estava a horas deste paraíso mal fadado!!  

Zala,
Muito se tem falado de Zala, algumas histórias de bravura, outros de lástimas, desgraças etc. por aqui passaram nomes famosos como por exemplo o poeta Manuel Alegre, que inclusive tem um poema falando de Zala,

Uma nova história.
Já várias pessoas me fizeram a pergunta, algumas com um certo carácter provocante, perguntam, se andava-mos armados e em guerra, porquê, o nome guerreiros da paz,
Para os meus amigos/as, que conhecem pouco da história desta guerra colonial, como é o caso dos meus amigos brasileiros, vou tentar esclarecer melhor sobre o que se passou aqui.
Foi precisamente por aqui, Zala, e arredores que rebentou a luta armada em 1961, ouve atrocidades de ambos os lados que nem é bom falar disso.
Começa aqui a história da mudança de atitude da nossa parte, em vez de guerra, fomentamos a paz.

Quando aqui chegamos ainda não fazia um mês que se tinha dado a revolução de 25 de Abril, a qual abriu as portas para a descolonização, nós da 1ª Cart 6323, fomos os primeiros a vir para Angola depois da revolução e as ideias que trazia-mos eram naturalmente diferentes, sabíamos o que se estava a passar, coisa que os militares que viemos render não sabiam nem acreditavam.


Daí seguiram-se as operações de rotina, as chamadas escoltas que se faziam pelos trilhos da mata, até esta altura, para combater os até então chamados terroristas, que eram os nativos que contra nós combatiam.


A diferença, a partir daqui é que quando as patrulhas saíam, em campanha de uma semana, levavam folhetos, digo levavam porque eu nunca fui, a minha especialidade, era de serviço interno, como tal nunca saí do acampamento, como dizia levavam folhetos a dizer que estávamos ali para a paz e não com a intuição de guerra, como não estava envolvido nestas operações e tem coisas que não tenho a certesa, mas espero um mail do meu amigo ex alferes pena para confirmar!!!

E assim, não chegou a dois meses o tempo que ficamos em Zala, em vez da eternidade de 1 ano como estava previsto.

O campo de Futebol que ficava nas traseiras das instalações da 1ª cart!!

Ao fundo as instalações da CCS e 3ª Cart

A 1ª Cart, sempre ficou separada do resto do Bart, aqui em Zala, separada pela pista principal do aeroporto!!

Os puma em operação, com a vista ao fundo das instalações de 5 estrelas (1ª CArt) 

Esta era a visita sempre mais desejada, ali vinham as cartitas perfumadas com aquelas frases que tanto ansiávamos e que todos imaginamos o conteúdo!! 

A petidina, uma cachorra adoptada pela 1ª Cart

A pista de Zala

Pousadas e monumentos de Zala

A giboia de Zala

Esta era a paisagem que eu comtenplava dia após dia, ficava ao lado das instalações da 1º Cart. 

Esta foi a gibóia que, em Junho de 1974, foi morta pelo 1º Grupo de Combate, comandado pelo Ex-Alferes Passeira e que serviu de cenário a dezenas de fotografias. 

Ex Alferes Passeia , depois dos cuidados higiénicos, e compor o estomago depois de uma semana de mata a mostrar a sua joia jundo do ex Alferes Pena 

Ex soldado clarim Manuel dos Santos

Nambuangongo.21 de Maio de 1974

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Aqui também tenho uma pequena história para contar. Quando chegávamos aqui, vejo lá no alto um militar com a cabeça no ar o qual conheci logo, era meu primo, caso para dizer como o mundo é pequeno, perdido aqui no meio do mato, onde Judas perdeu a bota e logo o reconheci, depois de regresso a Luanda encontramo-nos no A.E.A, pois ele pertencia à engenharia, mas foi por pouco tempo, ele regressou logo de seguida ao continente.

A estrada daqui para Zala era bastante acidentada, terra batida e só com o espaço necessário para os carros militares circularem, em redor só se via floresta serrada, o clima era de guerra, para quem não sabe, aqui a guerra era de guerrilha, tipo emboscada, com minas anti-carro e nunca sabia-mos o que nos espera no metro logo a frente, para quem era novato a quem chamávamos de maçaricos por ali como nós na altura, o rabiosque ia mais apertadinho que buraco de agulha, mas fora umas brincadeiras de susto dos militares que nos escoltavam, nada aconteceu, chegamos a Zala já a anoitecer!

De Albino Lima

A caminho do paraíso ( Zala )

Campo militar do Grafanil

O embondeiro, a árvore que virou capela

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A 20 de Maio de 1974, amontoados dentro de caminhões civis, foi este o trajecto que fizemos até ao destino, Zala, Luanda, Caxito, Quicabo, Namboangongo, Zala

Lembro-me de mais uma palhaçada dos comandos militares na época, quando saímos de Luanda, íamos escoltados com um aparato militar, desde chaimites e todo o tipo de carros blindados até chegarmos a uma terra de nome Quicabo, que era ali que terminava a estrada alcatroada, a partir dali a estrada era terra batida a chamada picada e ali todo o aparato militar voltou para Luanda e nós seguimos escoltados pela companhia que íamos render.

Até hoje pergunto-me porquê todo aquele aparato enquanto havia alguns sinais de civilização!!

Lima

A grande maioria dos militares que estiveram em Angola pssaram por aqui.

Estava dentro do campo militar do Garfanil, local onde todos os militares acampavam quando chegavam e quando esperavam para vir embora, depois da missão cumprida.

Foi aqui que ficamos de baixo de um calor insoportavel desde 14 a 20 de Maio de 1974 

Da chegada a Angola até Voltar a Luanda

Campo militar do Grafanil

A 14 de Maio de 1974 acampamos aqui

Era o camo onde todos os militares que chegavam e saíam de Angola ficavam aquartelados


Uma das entrdas para o Campo.

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