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 20-08-2016
Cerimonia de homenagem ao Ex. Alferes José Domingos dos Santos

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 25-07-2013
Cerimonias de homenagens ao Ex. Soldado Adelino dos Santos Gomes

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 23-07-2011
Cerimonia de homenagem ao Ex. Capitão Ramiro de Azevedo Pinheiro

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Da chegada a Angola até Voltar a Luanda - Clica na Imagem

Pudesse eu provocar uma lenda "Poema

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Lenda da Rainha Santa Isabel

Conta a lenda que o rei D. Dinis foi informado sobre as acções de caridade da Rainha D. Isabel e das despesas que implicavam para o tesouro real. Um dia, o rei decidiu surpreender a rainha numa das suas habituais caminhadas para distribuir esmolas e pão aos necessitados. Reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço. D. Dinis perguntou à rainha onde ia e ela respondeu que se dirigia ao mosteiro para ornamentar os altares. Não satisfeito com a resposta, o rei mostrou curiosidade sobre o que ela levava no regaço. Após alguns momentos de atrapalhação, D. Isabel respondeu: "São rosas, meu senhor!". Desconfiado, o rei acusou-a de estar a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em Janeiro. Obrigou-a, então, a abrir o manto e revelar o que estava lá escondido. A rainha Isabel mostrou, perante os olhos espantados de todos, as belíssimas rosas que guardava no regaço. Por milagre, o pão que levava escondido tinha-se transformado em rosas. O rei ficou sem palavras e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu com a sua intenção. A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou santa a rainha Isabel de Portugal. 

Pudesse eu provocar uma lenda

Esta é uma terrível verdade,
De uma coisa tão pequenina,
Com conteúdo de maldade,
E a pujança de assassina.

O custeio de uma bala,
É o mesmo que uma boa refeição,
Se uma bala custa tanto,
Imaginem, quanto custa a de canhão.

Cada projéctil que se expelida,
Mais valia ser debelada,
Era essência desperdiçada,
Mas não ceifava nenhuma vida.

Há quem desconheça a verdade,
Dos custos do seu lançamento,
Para isto não existe um milagre,
De transforma-la em alimento.

"Pudesse eu provocar uma lenda",
De um santo ainda nunca falado,
Não haveria tanta fome,
Nem tanto sangue derramado.

Não haveria pobres nem ricos,
E nem o contendo seria traçado,
Transformava a pólvora em pão,
E o chumbo em roupa e calçado!!!

De Albino Lima

A minha signa em Angola ainda não havia terminado!!!, O que fazer após o regresso?

O que fazer após o regresso?

O que fazer após o regresso?

  • È claro que cada um seguiu o seu caminho, uns procuraram nova vida e
  • outros como no meu caso procurei o serviço que tinha quando
  • me chamaram para o serviço militar, eu tinha um praso para me apresentar
  • ao serviço da empresa de onde saíra, mas como o meu serviço era
  • marítimo, sabia que quando me apresentasse poderia ser colocado num
  • navio e partir de imediato para uma viagem mais ou menos longa, então
  • apeteceu-me ficar mais uns dias em casa e emendei a data da licença militar para poder embarcar. naquele tempo era assim.
  • Até aos dias de hoje ainda sinto um nó na garganta!
  • Porque tanto chora hoje a juventude?
  • Após mais de dois anos a cumprir o serviço militar e um longo tempo a ouvir as balas a zumbir ao ouvido ainda tive de pagar uma licença militar para poder trabalhar.
  • Na altura 1520$00 (mil quinhentos e vinte escudos) como se pode ver nos selos da imagem, mil e quinhentos esqudos nos dias de hoje até pode não parecer nada, mas na altura era muito dinheiro,  hoje quando ouço a juventude a choramingar por tudo e por nada, sou eu que sinto vontade de chorar.
Como eu tinha emendado a data da licença.

Quando me apresentei na companhia, CTM, ( Companhia de Transportes Marítimos), ia com um certo receio que reparassem e me tramassem, mas a emenda estava tão bem feita nem deram por nada. Para minha surpresa, dizem-me de supetão, está um navio à tua espera em Leixões , tens de estar lá às 8 horas da noite, olhei para o relógio e deveria ser cerca de meio-dia, eu disse lhes mas nem de táxi eu me responsabilizo porque ainda tenho que ir a casa arrumar as malas e naquele tempo de Caldas da Rainha a Leixões eram umas 6 horas de viagem.
Foi então que me senti por algumas horas alguém importante, puseram à minha disposição um carro de executivo com motorista às minhas ordens, as recomendações de rapidez eram tantas que na altura nem perguntei para onde ia o navio, isso falarei mais adiante, fui então a casa almocei enquanto me arrumavam as malas e lá fomos, como eu previa já passava muito das 8 horas quando chegamos, subi as escadas do navio, soltaram as amarras o navio saiu e acabaram as minhas 8 horas de executivo.

Mas até hoje nunca cheguei a entender uma coisa, na altura com a chegada dos retornados e a abolição de navios de passageiros para as ex colonias o desemprego era enorme, não sei porque havia de estar um navio de grande porte á espera de um simples tripulante.

De qualquer das formas devo dizer que sou patriota porque sou extremamente teimoso, Só por isso.!!!

Cidade de Luanda ( Poema) Despedida


A despedida 
Luanda Cidade Sideral,
Com os seus moldes quase perfeitos,
Enchias a alma dos mais requintados,
Linda cidade da Africa Austral.


Não mais escutarás as vozes do povo,
Cheios de esperança com expressões bizarras,
Vivendo a alegria de chegar a um mundo novo.
Quando te abraçavam com alegres algazarras.


Encantadas passagens a indagar a tua baía,
Quando eu te amava, então jovem formosa,
Em tua marginal, o teu seio descobria,
Menina tropicana, sublime e charmosa.


De tope decotado, paradigma tropical,
Beleza infinita de fonte africana. 
Igual a uma joia de encanto natural,
Jovem formosa, mulata, Murena.


Do passado vives as tuas saudades,
Dos teus filhos, as tuas tormentas,
Que nos factos das infelizes realidades,
Tuas tristes mágoas hoje lamentas.


Acordaste sucumbida au teu povo indócil,
Maltratada com atitudes de gente cretina,
Parecias robusta, mas ficaste tão débil,
Que foste violada ainda menina.


É duro o sentimento da batalha perdida
Quando em missão sempre se cumpre,
Mas finalmente chegou a hora da despedida,

Adeus Luanda, adeus, adeus até sempre.

De Albino Lima 

Fim de campanha - RI 20, Luanda Agosto de 19


Esta foto foi tirada pouco antes de virmos embora,

Ainda que a grande maioria das fotos, tenham sido enviadas por outros camaradas, foi clara a falta de participação dos mesmos, a grande maioria porque não tem meios, uns porque não querem nem saber, outros porque não querem nem lembrar, estou a lembrar-me do Ex. 1º Cabo João Marmou que foi sequestrado pelo MPLA, na tragédia da morte do Capitão Ramiro e Do ex. Alferes Santos, já tentei algumas vezes falar com ele sobre o assunto mas como dizem os meus amigos brasileiros, o papo fica furado.

Por isso tenho a certeza que muitas histórias ficam por descrever, todavia continuamos à espera de encontrar camaradas ainda com paradeiro desconhecido e que se disponham a narrar as suas peripécias.

Dos outros 3 (três) grupos de combate.

Só o Ex Soldado atirador Rui Alfredo da Costa Pereira que era do 2º Grupo de combate teve a coragem de narrar uma história bastante dramática, com o titulo, o tiro que nunca quis dar e por isso lhe quero dar os meus parabéns pela coragem.

De resto praticamente não temos nada, até mesmo as fotos, como eu era o único que tirava fotografias, dos outros grupos só temos dentro do quartel, fotos tiradas na rua não temos nada, e é evidente que não foi só o meu grupo que sofreu e andou metido no inferno.

Visto que só o ex. Alferes Pena e eu se dispusemos a narrar esta peleja, como éramos os dois do mesmo grupo de combate, ficamos ainda mais submetidos aos mesmos acontecimentos, ainda que como é óbvio, o ex. Alferes Pena, com estudos e graduado oficial, tenha uma visão superior, mais clara e com mais facilidade de as expressar, não só pelas relações que tinha com o comando do estado-maior e com os outros oficiais, mas também porque era ele o comandante do grupo, eu era apenas soldado com o ensino básico.

As minhas histórias da guerra terminam aqui, mas a luta vai continuar.

1º em busca de novos camaradas ainda com paradeiro desconhecido e com outros acontecimentos bem mais alegres e menos difíceis de postar aqui.

Texto do ex. Soldado Albino Lima.


Algumas fotos tiradas depois do ataque ao hospital!! Luanda 1975

Em Cima, O Ex soldado Adérito Afonso, deste camarada nada mais e soube dele, mas esta foto está em casa de um grande nº de camaradas, incluindo eu.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Que três «engenheiros de obras feitas» a avaliar os prejuízos do ataque ao Hospital de S. Paulo...(Foto enviada por Mário Deitado)Mário Deitado, Machado e João Beja 

Junto ao Hospital Universitário de Luanda

Este é o edifício do Rádio Clube de Angola. como se pode ver, tambem ele já perfurado por roquetadas expelidas pelos outors movimentos.

Era um edifício com cerca de 20 andares

Do lado esquerdo estavam os prédios de habitação ocupados pela FNLA.

Do lado direito ficava o hospital. Que nos pisos superiores do qual, podia-mos ver o fundo desta dita vala em todo o comprimento.


De Albino Lima

O dia mais Terrível da minha vida , Ataque ao Hospital de S. Paulo, Luanda 1975

Fotos que tirei logo de seguida , após o ataque!!!


Texto do Ex-Alferes Pena, com alguns acrecentos meus

Na Avenida do Brasil, existiam uma série de edifícios muito altos e com algum espaço entre eles.

No início da Avenida, do lado esquerdo e direito, ficavam prédios de habitação muito altos, ocupados pela FNLA.

A seguir situava-se o Rádio Clube de Angola, do lado direito, para quem seguia em direcção ao Rangel, ocupado pelo MPLA.

Depois estava o Hospital de São Paulo e o Universitário, do lado esquerdo, onde um grupo de combate das companhias do COTI 1, da qual fazia parte a 1ª CArt do BArt 6323 era colocado, em sistema de rotatividade, para que este não corresse o risco de ser ocupado por nenhum dos movimentos (MPLA, FNLA ou UNITA). Isto, porque havia indicação dos serviços de informação que qualquer dos movimentos pretendia ocupar o Hospital de S. Paulo para fazer dele o seu quartel general.

Mais abaixo estava uma delegação da UNITA.

Todos faziam, de vez enquando, troca de tiros e de outros «mimos» entre si.

A gente já conhecia as armas pelo som dos disparos. Uma noite começámos a ouvir um som novo. E ficámos intrigados. Não era de PPSH (usada pelo MPLA), não era de Kalashnikov (usada pele FNLA e pelo MPLA), não era de G3 (usada por nós e pela UNITA, com as armas que os nossos altos comandos lhe forneceram). Não era som de metralhadora pesada - essa fazia mais barulho. Então que raio de arma seria? No dia seguinte de manhã ao passarmos junto à delegação da UNITA vemos os indivíduos armados com as G3 sem tapa-chamas. Estava descoberto o mistério da nova arma - G3 sem tapa chamas.

No meio deste fogo cruzado ficava o Hospital de S. Paulo.

Neste dia era o 3º grupo de combate, da 1ª. CArt do BArt 6323, comandado pelo Ex-Alferes Pena, que estava responsável pela segurança.

Logo após o «piquenique» do almoço, aí pelas 14 horas, estava o Lima, no jardim à entrada do Hospital, com mais alguns camaradas, que tinham ido almoçar no 1º turno, quando este começa a ser atingido com uma série de roquetadas. O Ex-alferes Pena havia acabado de chegar de almoçar do R.I. 20 nesse preciso momento e só teve tempo, ele os camaradas que vinham com ele, de saltar da Berliet e abrigarem-se atrás dos pneus.

Aqueles que tinham almoçado antes (isto porque tinham que se render uns aos outros para que a segurança não fosse desguarnecida) e já estavam dentro dos muros do Hospital, como era o caso do Lima, estavam totalmente desabrigados em pleno jardim, junto à rotunda que dividia o acesso ao Hospital de S. Paulo e ao Universitário.

Ficaram todos intrigados, perplexos por não terem onde se abrigar e incrédulos pelo que estava a acontecer. Só se abrissem um buraco com o nariz para meterem a cabeça é que conseguiriam um abrigo naquele local. Deitaram-se no chão e sentiam os ramos das árvores a cairem-lhes em cima, cortados pelos estilhaços das granadas dos roquetes. O Ex-Alferes Pena e o radiotelegrafista Deitado, atrás de um pneu da Berliet, tentavam em vão entrar em contacto com a Sala de Operações do COTI 1. Mas nas alturas de aflição o Racal TR 28 nunca funcionava e foi o que aconteceu mais uma vez.

O ataque foi breve e preciso. Durou menos de um minuto.

Acabada a série de roquetadas, começa-se a ouvir toda a gente aos gritos dentro do Hospital. Correram todos para ver os estragos e tentar ajudar aquela gente.

O cenário era desolador, terrífico e só próprio de filmes de terror: As pessoas gritavam, atropelavam-se umas às outras para tentar fugir o mais depressa dali. E o pessoal de serviço (médicos, enfermeiros e auxiliares) andava numa azáfama a transportar os feridos e alguns já mortos para as salas de tratamento e operações, com toda a gente aos gritos e completamente em pânico. E nós a tentarmos acalmar aquela gente ainda devemos ter sido apelidados de malucos e de não termos sentimentos, porque só gritávamos para terem calma.

Uma rapariga que pensamos que estava a escrever à máquina, quando foi atingida na cabeça, deixa pedaços de couro cabeludo salpicados por todo o lado e ainda assistimos ao corpo a ser puxado deixando um rasto de sangue pelo chão (como se pode ver na foto de cima).

E enquanto os restantes tentam acalmar aquela multidão em pânico, o Lima com a sua Yashica regista as únicas fotografias, em cima do acontecimento, para a posteridade.

Acalmados os ânimos e ao fazermos um balanço chegamos à conclusão que as roquetadas tinham vindo do MPLA, porque a FNLA encontrava-se muito distante para atingir o Hospital com tanta violência.

E mais uma vez nossos blindados tinham sido os nossos camuflados de pano.

Nessa noite aí pelas 22 hora entrou um blindado com «chicos» do Estado Maior General. Um coronel sai e pergunta pelo comandante do grupo de combate responsável pela segurança. Como o Ex-Alferes Pena estava no interior do Hospital alguém o foi chamar.

Engraçado... ele fê-lo esperar que se lixou, porque nós tínhamos levado com o ataque de camuflado e sua Ex.cia aparecia para «cagar duas lamponas» de blindado, quando tudo já estava calmo e sereno. E só apareceu oito horas depois do ataque.

Eram assim os nossos oficiais do quadro permanente do Estado Maior General.
Esta noite foi uma noite terrível a tirar os feridos, em estado de coma, dos pavilhões que ficavam por trás do Hospital, para o Hospital Maria Pia com as balas tracejantes a rasgarem o céu escuro como breu...

Nos dias seguintes os feridos com menos gravidade também foram todos transferidos para o Hospital Maria Pia que ficou a rebentar pelas costuras e com a morgue com pilhas de mortos a saírem da porta, já em decomposição e a exalarem um cheiro putrefacto.

A partir de então o Hospital ficou inoperacional, mas nós e as restantes compaanhias do COTI 1 continuaram a garantir a sua segurança.

E apetece interrogarmo-nos: quem ataca um Hospital que moral tem?

Quais são os seus princípios? Quais são os valores que defende?

E foi essa gente que ficou a tomar conta dos destinos de Angola.

O resultado viu-se «a posteriori»...

De António Pena

E Albino lima

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Dr Carlos Tavares

Mon 03 Oct 2011 00:22

Prezado Senhor
Conheço bem a situação, pois fazia em 1975 era médico residente e no Maria Pia, realmente foi de ficar em panico, ver todas as situações desesperadoras e nada poder fazer a não ser tratar dentro do possivel quem necessitava de ajuda. se tiver mais fotos por favor me envie.
Um grande abraço.
Carlos Tavares

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guerreirosdapazMon 03 Oct 2011 17:26

Boa tarde Sr. Tavares.
È com grande satisfação que recebo esclarecimentos de outras fontes coma a sua. Não é que sejam recordações agradáveis mas foram acontecimentos reais que não podemos comutar, eu duvido que venha a ter outras fotos, porque era eu quem as tirava na minha companhia era eu o único que tinha máquina fotográfica, mas se a caso vier a receber de alguém eu colocarei aqui, o mesmo lhe peço eu se tiver alguma coisa para comentar e o queira fazer teria todo o gosto em postar aqui.
Desde já o meu muito obrigado
Albino Lima


Localização do RCA e do Hospital de S. Paulo

O meu pelotão, Musseques Luanda " Angola". - 1975

Esta era a estrada da lixeira.

Aqui eu devo ter pedido a alguém para tirar a foto pois eu estou sentado junto da cabine.

  • O meu pelotão

  • Um grupo destemido, patrulha o musseque,
  • Inalando o pó das ruelas de terra batida,
  • Vigiamos o bairro de lado a lado e de lés a lés,
  • E quando a viela não tem mais saída,
  • Damos a volta e regressamos á avenida.

  • Quando a noite cai debatesse a angústia,
  • Cansados tentamos dormir,
  • O meio escuro é iluminado pela bala tracejante,
  • Ou o silencio quebrado por outra que passa a zumbir.

  • Além de pilantras conduzidos,
  • No gladiar da molecada ligeira,
  • Incutidos, fazem sua própria guerra,
  • Fazem do roubo a sua própria bandeira.

  • Tem homem armado por toda a esquina,
  • Clima pesado que se instala na gente,
  • Sonho camuflado de quem imagina,
  • Que o perigo não é tão eminente.

  • Enquanto existem sapatos pisando em tapete persa
  • Nós dormimos fardados no meio da calçada,
  • No chão, o nosso semblante é de ar infeliz
  • Marcas de sofrimento e realidade perversa.

  • A ratazana que entre nós, deitados no chão,
  • Ziguezagueia com a sua natural ligeireza,
  • Com ar de alteza, como a querer nos dizer,
  • Vocês aqui são estranhos e eu sou uma princesa.

  • Vêm a madrugada e com ela as necessidades da natureza
  • De calças na mão procuramos um canto,
  • Mas que merda, que merda de vida é esta?
  • Que até para cagar é preciso sorte e esperteza!

  • E hoje meu amigo meu irmão camarada,
  • Um fardo pesado, é o valor que nos dão,
  • Desfechos de uma geração desventurada,
  • E quando a saúde já não nos favorece,
  • Eu sei, tu sabes, nós sabemos a razão!
  • De Albino Lima

Em escolta nos musseques em Luanda - 1975

Foi perto daqui ou seja por de traz da berliet de baixo que mataram o Ex. Capitão Ramiro e o Ex. Alferes Santos!

O tiro que nunca quis dar

Devo-vos a vida

Artigo enviado pelo Ex Alferes Pena

Esta era uma foto que andava quase em todas as mãos.

Não sei se o que está escrito na foto é verdade, mas que em certas ocasiões estes utensílios ajudaram muito, ajudaram!!!!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Eu acrescento.

Isto pode parecer até cruel, mas mesmo sendo eu um homem de paz, mas se tivesse uma arma apontada a mim não deixaria de tentar disparar primeiro, isso aí não tenho as minimas duvidas, uma coisa que nunca pensei ser foi martir!!!!!

A. Lima

Luanda 1975 - Em momentos mais descontraídos.

Em cima, não lembro o nome, Paulo Afonso, Adérito Afonso, Baltazar Oliveira, Leandro Peixoto, os outros dois não lembro o nome. 

Em baixo, João Beja e eu

Foto enviada pelo Ex 1º Cabo Joaquim Oliveira

Em pose para o Limagni dolores eos qui ratione voluptatem sequi nesciunt neque porro quisquam est qui dolorem ipsum quia dolor sit amet consectetur adipisci.

Ex Alferes Pena ( com coração de menino ) Barra do Quanza 1975

Na Barra do Quanza em acção de psico junto da pequenada.

Ex. Alferes Pena

Em pose para a Yashica-Electro-35-GX

Ex-Alferes Pena, Bairro Marçal Luanda (Angola) 1975

Ex Alferes Pena, comandante do meu grupo de combate 3º Poletão

Contemplando a dez andares do chão, início do Bairro Marçal os invólucros das munições de armas pesadas utilizadas na guerra civil de Luanda entre o MPLA e a FNLA e a UNITA.


Campo militar do Grafanil

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Foi aqui que ficamos de baixo de um calor insoportavel desde 14 a 20 de Maio de 1974

O embondeiro, a árvore que virou capela

A grande maioria dos militares que estiveram em Angola pssaram por aqui.

Estava dentro do campo militar do Garfanil, local onde todos os militares acampavam quando chegavam e e quando esperavam para vir embora, depois da missão cumprida

Campo militar do Grafanil

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Uma das entrdas para o Campo.

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